A ilusão das vacas gordas nos negócios
Abraham Shapiro
O pessoal das Minas Gerais diz: “Você ganha o dinheiro que não gasta!”
Saber economizar é a base da economia pessoal. Da empresa mais ainda.
Quando o assunto é provisionar para garantir o futuro todo mundo se lembra da fábula da cigarra, que cantava sossegada, enquanto a formiga trabalhava duro e preocupada juntando comida para o inverno.
O que mais me preocupa neste contexto é que, na ótica dos negócios, a cigarra e a formiga não são duas entidades separadas. Elas representam dois estados que coexistem no mesmo indivíduo. E há enormes chances de que este indivíduo seja você.
Vejamos.
Seja o cenário: vendas altas, produção em dia, caixa suprido e saldo bancário positivo. Se a sua tendência é acreditar que tudo está bem, muito cuidado. Assim se comporta o empresário que não poupa e se encanta com a sensação falsa de que a vida toda será de “vacas gordas”. Ele se esquece de que crises são cíclicas e ele certamente se verá, em breve, obrigado a sacrifícios. Quase sempre, no entanto, sacrifícios chegam tarde demais.
A solidez empresarial resulta de um modelo de gestão inspirado no grande José do Egito – o jovem Judeu que se tornou governador das terras do faraó, há 3.800 anos, como consta na Bíblia. Qual o segredo desta façanha? Em uma palavra: provisionamento.
Sabedoria nos negócios consiste em ‘fazer dinheiro’ e produzir com ele sustentabilidade e estabilidade.
Trabalhe duro e guarde dinheiro quando tudo vai bem. Esforce-se como a formiga nos dias quentes e, então, você poderá cantar, como a cigarra, quando bater o inverno ou os frequentes difíceis dias de crise.