O FIM DA BRINCADEIRA DO PESSOAL DO AR CONDICIONADO
Abraham Shapiro
Quando o assunto é produtividade, o que vem à mente quase sempre é o chão de fábrica. Não à minha.
Eu vou frequentemente a escritórios de empresas e vejo quanto tempo os funcionários jogam fora com asneiras e tolices. É um circo!
Qualidade e produtividade são atributos que se referem também a burocratas e suas estruturas geralmente complicadas e lentas. (Aliás, exija que os da sua empresa sejam simples e eficientes. Mande embora quem complica.)
Em 1970, um cargueiro de madeira demandava 108 homens e 5 dias para ser descarregado. Isto se convertia em 540 homens-dias. Hoje, aquele mesmo trabalho é executado por 8 homens em um só dia, ou 8 homens-dias. A amplificação do uso de contêineres produziu 98 % de redução na necessidade de mão de obra. Isto é eficiência.
Chegou a vez de exigir mais daquele pessoal que passa o dia no ar condicionado. Tudo alí precisa melhorar muito. E inclua todas as áreas da administração.
Em breve, a crise econômica vai mudar o ritmo e o cenário dessas centenas de pessoas apinhadas nos tantos escritórios por aí. Já está. Só ficarão os melhores. E quem são eles? Os ágeis, os inteligentes, os que são dóceis no atendimento e que atuam por processos, com qualidade.
Os que fogem destes parâmetros não têm perspectiva alguma, desde já. Amanhã, provavelmente, terão de se submeter a uma função irrelevante e ganhar o salário de início de carreira para não passarem fome. E merecem isso. Eles só brincaram!