Copiar não leva ao sucesso
Abraham Shapiro
Henry Ford é considerado o criador do automóvel. Você já pensou se Ford perguntasse às pessoas de seu tempo que produto elas queriam? A resposta provavelmente fosse: carroças mais velozes.
E se Ford investisse sua inteligência e criatividade em produzir tais carroças, ele jamais teria ganho o dinheiro que ganhou, nem tido a importância que teve. Creio até que a humanidade talvez não tivesse chegado ao nível de desenvolvimento que seu modelo de produção industrial possibilitou.
Grandes avanços acontecem de modo único. Eles podem até ser replicados. Mas as réplicas não impactam como eles.
Digo isso porque vejo empreendedores que copiam e querem ter o mesmo sucesso que os criadores. Programas de computador, bebidas, formato de lojas, modelo de negócios etc. E eles desejam alcançar o topo com cópias que, muitas vezes, não passam de caricaturas malfeitas. Isso é quase impossível. Inovação é outra coisa.
Inovar algo implica em agregar melhorias, funcionalidades a preço mais acessível e outros benefícios reais, além de constatáveis pelo público. Não se trata de copiar e querer convencer que a cópia é melhor. Isso não vende.
É preciso comunicar, explicar, dar a chance das pessoas comprovarem por si mesmas o que quer que sejam as tais diferenças, os ganhos daquela inovação e seu aperfeiçoamento.
Talvez tenhamos nos acostumamos a pensar que as cirurgias plásticas resolvem tudo, quando elas só mudam a fachada. É o mesmo que usar peruca. Eu penso que farei todos acharem que são meus próprios cabelos. Mas na verdade só eu mesmo me iludo com esta ideia.
