NEM SEMPRE UMA BÚSSOLA AJUDA
ABRAHAM SHAPIRO para o Blog Profissão Atitude
Um diretor reune os colaboradores de sua empresa para anunciar uma grande mudança de rumo. Diz que passarão a perseguir metas mais arrojadas. A reunião dura mais de noventa minutos e aqui vão duas de suas falas:
- “Vamos reduzir o uso de bancos em 40% no ano que vem”,
- “Vamos aumentar a nossa produtividade em 50%”.
Todos o aplaudem efusivamente. No entanto, ele nada falou sobre um plano real de como atingir estas mudanças.
E eu penso comigo: “Nada vai acontecer, por mais que ele e outros se esforcem.”
Sabe por quê?
Definir expectativas que levem a um desempenho máximo é coisa que executivos sabem fazer bem. Estabelecem e até orientam suas equipes mostrando para que lado devem seguir. Isso qualquer bússola faz.
Abraham Lincoln disse, certa vez, que “Saber onde está o Norte não basta para se chegar lá. Mais importante do que isso é saber quais precipícios, montanhas e vales estão no caminho para serem superados.”
Dizer o que deve ser feito e insinuar que é possível é tão útil quanto água com açúcar para curar ataque nervoso.
O que fazer?
Defina o que precisa ser feito. Mostre aonde se deseja chegar. E depois, sem ansiedade, conduza a elaboração de um plano factível e viável para que a mudança seja executada passo a passo e alcançada.
Tudo de que as pessoas menos precisam é que alguém chegue dizendo: “Precisamos disso ou daquilo, mexam-se!”.
Sem engajamento real, as pessoas lhe darão aplausos. Mas depois, todas as desculpas para o fato delas não terem conseguido é o que você receberá em resposta.