Talentos x Egos: como lidar?
Abraham Shapiro
Lição que aprendi na prática e depois a história dos esportes veio a confirmar.
O trabalho em equipe é uma das conquistas mais importantes de qualquer empresa. Mas o que se deve entender é que ‘trabalho em equipe’ não se consegue baixando o nível de alguém extremamente talentoso para o menor denominador comum.
Até os anos 1980, o Chicago Bulls foi um time de basquete sem grandes conquistas ou expressão nos Estados Unidos. Com a chegada de Michael Jordan isso mudou. Jordan se converteu num grande líder de equipe, e nas mãos do treinador Phil Jackson, conquistou seis vezes a NBA na década de 1990, transformando o time num dos mais famosos do mundo.
Se alguém pensa que o técnico Phil Jackson ganhou seis campeonatos com os Chicago Bulls nivelando o talento de Michael Jordan com o do resto do time, estará supondo algo totalmente equivocado.
Times espetaculares invariavelmente são formados por indivíduos talentosos que geralmente têm egos inflamados, mas que cooperam incrivelmente com a grandeza da equipe. Luta de egos é própria do ajuntamento de talentos.
Em circunstâncias críticas como estas, do que depende o sucesso? Quer saber? Da ação de um gestor capaz de conquistar a confiança das pessoas a tal ponto que seja reconhecido como seu líder mas que, antes de tudo, compreenda a realidade de confronto como natural. Ele é quem promove e consegue o alinhamento do grupo em função da vitória que será obtida tão logo se torne uma equipe.
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