O VENDEDOR BONZINHO
ABRAHAM SHAPIRO para o Portal Profissão Atitude
Existem vendedores de todo tipo, creia-me. Um deles é o “gente boa”, que cria amizade profunda com o cliente e acha que pode fazer tudo por ele – o que deve e o que não deve.
Amizade é coisa complicada. Não dá para ter mesmo nível com todos. Que dirá se você atende 60 ou 100 clientes por mês!?!
O vendedor “gente boa” é criativo, interessante, comunicativo e encantador quando está junto do cliente. Promete muito, compromete-se com tudo e é flexível. Mas, geralmente não cumpre, não faz e não acompanha.
O cliente suporta a primeira e a segunda vez. Mas na terceira, já não confia mais.
Este vendedor é como aquela garota bonita, mas namoradeira. Você se apaixona e quer casar-se. Mas quando chega, ela já está com outro e você descobre que nunca foi séria e não serve para casar.
Ouça o que fez o Francisco, um vendedor muito “gente boa”. Ele demitiu-se de uma empresa e levou consigo sua carteira de atendimentos para a outra onde ia trabalhar, acreditando que os clientes eram seus amigos e lhe dariam preferência na compra. Mas tomou um banho de água fria quando não conseguiu pedidos, mesmo com preço menor e prazo maior. Os clientes queriam comprar da empresa anterior, e lhe diziam:
- “Chico, você é meu amigo. Mas o que importa em vendas é o resultado. O seu produto é mais barato. Mas o outro tem giro e agrada mais o público. Sinto muito, mas não vou fechar com você. Vamos tomar um cafezinho?”
Quase sempre é isto o que se passa com o vendedor “gente boa”. Fala demais, acha demais, porém, quando se analisa os resultados, seu esforço deixa a desejar por falta de planejamento e principalmente de atitude assertiva em relação a negócios.