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O corona vírus e o aumento da pobreza
O corona vírus e o aumento da pobreza
ABRAHAM SHAPIRO

O coronavírus pode acrescentar em 25 milhões o número de pessoas sem emprego no mundo  e aprofundar a pobreza. No melhor dos cenários, o impacto representaria um aumento do desemprego global de 5,3 milhões de trabalhadores. Estes são dados da Organização Internacional do Trabalho que destacou esta crise poder ser ainda maior que o colapso da economia em 2008 e 2009.

A pobreza na categoria de países dos quais o Brasil faz parte também pode aumentar de forma vertiginosa, com um volume extra de 14 milhões de trabalhadores em situação de miséria.

A ONU prevê que o PIB do planeta sofra um golpe de US$ 2 trilhões, jogando a economia mundial numa recessão. Os efeitos terão grande alcance. 

Por isso, os governos terão de adotar medidas para uma resposta decisiva, coordenada e imediata a fim de impedir que estas projeções se tornem realidade.

Outro alerta se refere ao aumento do subemprego, já que as consequências econômicas do surto do vírus se traduzem em reduções nas horas de trabalho e nos salários.

O impacto geral será visível na queda no consumo de bens e serviços e nas perspectivas das empresas e economias nacionais.
A conclusão é que esta já não é apenas uma crise de saúde global. Ela é também uma grande crise do mercado de trabalho e econômico cujo impacto na vida das pessoas ainda não foi precisamente avaliado.

Em 2008, o mundo apresentou uma frente unida para enfrentar as consequências da crise financeira global, e o pior foi evitado. Precisamos desse tipo de liderança e determinação agora. A pergunta que fica no ar é: onde estão os líderes com quem possamos contar?