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Mentoria: um conceito sólido
Mentoria: um conceito sólido

Abraham Shapiro

Eu me preocupo quando vejo executivos estressados, conduzindo compulsivamente suas empresas para a meta tríplice de 

- crescer, 

- fazer as coisas mais rápido e 

- ganhar mais dinheiro.

A mudança constante no mundo dos negócios aumenta as exigências dentro e fora das empresas e com isso as pessoas ficam perdidas, começa a surgir um enorme drama diante do sentido da vida: ‘Quem sou’, ‘O que faço’, ‘Para que estou trabalhando’, ‘Com que objetivo’.

Ocorre, na verdade, que temos sido bombardeados por múltiplos mundos de interpretações e de possibilidades. A instabilidade que resulta disso não é meramente trabalhista, mas uma instabilidade do ser. As pessoas ficam resignadas diante daquilo que eu chamo de ‘espaços de trabalho altamente insalubres’.

Vemos executivos com alto grau de estresse que trabalham em locais onde reina a desconfiança. Paga-se um custo humano altíssimo para que tudo dê resultado.

Na minha visão, uma das soluções mais relevantes para isto chama-se Mentoria –  um método de treinamento que obriga as pessoas a enfrentar seus sentimentos e medos. 

A mentoria está em ascensão em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Um treinamento convencional se limita a ensinar novas habilidades e atender à demanda de mais informações. A mentoria vai além disso. É uma técnica que busca integrar a totalidade da pessoa ao aprendizado, abordando suas emoções e as relações humanas,  sem correr o risco de se transformar em moda – como ocorreu com o coaching – porque exige elevado nível de preparo profissional para que o mentor assuma este papel. 

Se eu fosse explicar através de uma metáfora, diria: “Imagine o impacto de conversar sobre as interpretações mais poderosas de qualquer situação em lugar de discutir quem tem razão”. Nisso é que consiste a mentoria.