Do que depende o engajamento de funcionários?
ABRAHAM SHAPIROEstudos sobre engajamento no trabalho revelam um importantíssimo viés atual e mensurável para todo tipo de empresa.
Em 2013, a Gallup Organization realizou no Brasil uma pesquisa de engajamento de colaboradores em um universo expressivo de 5.500 empresas. Concluiu-se que:
- somente 27% dos trabalhadores foram considerados engajados,
- 62% são desengajados e
- 12% foram classificados como ativamente desengajados e potencialmente hostis às suas instituições.
Uma pesquisa anterior realizada em 2012 pela consultoria Towers Watson também no Brasil, produziu informações semelhantes. Por esta pesquisa:
- somente 28% dos profissionais brasileiros podiam ser considerados altamente engajados no trabalho,
- 30% estavam desengajados,
- 26% sentiam-se sem suporte organizacional e
- 16% consideravam-se desvinculados de suas empresas.
A conclusão que ambas pesquisas apontam converge para a importância do gestor no engajamento. Vou mencionar duas frases extraídas dos relatórios. A primeira:
“Os líderes são a chave do engajamento dos empregados”.
E a segunda:
“As empresas que se concentrarem em formar líderes engajados verão um impacto exponencial no envolvimento dos funcionários”.
Isso destaca a forte correlação encontrada entre liderança e os demais fatores principais de engajamento, o que talvez não seja novidade nenhuma para você.
O único problema é que uma empresa com um grupo de gerentes de várias áreas, terá em seu gestor geral – ou diretor presidente –, a grande e mais importante fonte de exemplos e inspiração. Se este falhar – como profissional ou como ser humano – em ser o exemplo no cumprimento dos valores centrais da organização, nem mesmo um profeta da Bíblia terá condições de alinhar os demais gestores a que atuem positivamente no engajamento dos funcionários. E sabe o que? Essa empresa irá padecer, quando não quebrar ou falir, mesmo atuando em um mercado consumidor e lucrativo.