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Como não errar o planejamento
Como não errar o planejamento

Abraham Shapiro

Planos geralmente não dão certo cem por cento. Sempre há falhas ou desvios da rota. Tudo bem. Há como corrigir falhas e considerações equivocadas. É para isso que o Ciclo PDCA foi inteligentemente engenhado. Feliz de quem conhece essa técnica e a utiliza.

Uma das causas de insucesso dos planejamentos são as premissas adotadas. Um planejamento se baseia em pontos sobre os quais as visões e metas são estabelecidas. Estes pontos recebem o nome de premissas e funcionam como alicerces de uma construção. 

Vejamos um exemplo real. 

A Marta fez uma viagem de Curitiba a Campinas. Seu voo chegou às onze e meia da noite. Uma amiga a apanharia de carro a fim de se deslocarem até São Carlos, onde ela participaria de um evento profissional com início às oito horas da manhã seguinte. 

No momento da chegada, não havia nenhuma lanchonete aberta no aeroporto Viracopos. Marta, que saíra do trabalho direto para o embarque em Curitiba, ficou sem o lanche com que contava antes de pegar a estrada. Além disso, sua amiga se atrasou. Chegou à Campinas somente à uma da manhã.

Marta foi dormir às quatro horas da madrugada, saltou às seis e meia, e por isso sua participação no evento não contou com toda sua disposição e ânimo. 

As premissas assumidas para o planejamento de Marta foram: encontrar ao menos uma lanchonete aberta em Viracopos e um trajeto de carro que lhe permitisse ir para a cama no máximo às duas da manhã. Nenhuma das duas funcionou. Consequentemente, o plano foi uma frustração.  

Isso não ocorre só em situações pessoais. 

Se, por exemplo, o planejamento anual de uma empresa depende crucialmente do câmbio do Dólar, adotar premissas otimistas em relação à estabilidade do Real ao longo do tempo em que o plano deverá ser executado significa assumir um risco que pode comprometer todo o resultado. 

Em resumo: é óbvio que quem faz planos deseja acertar. Contudo, mais que boas intenções, motivação e energia na busca pelos resultados, a escolha das premissas sobre as quais o plano será edificado é o que pode resolver no presente toda a questão futura.

Esta é a sabedoria dos planejamentos.