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As pessoas mudam?
As pessoas mudam?
ABRAHAM SHAPIRO

Era uma vez um homem bom que saiu ao campo. Ele encontrou uma raposa quase morta caída no caminho. Pegou-a com todo cuidado, trouxe-a para sua casa, cuidou dela, amparou-a e, ao longo desse tempo, sentiu por ela o apego que se sente por um animal de estimação.

Ele acreditava que ela viveria bem aí, afinal havia recobrado a vida a seu lado e por isso dedicaria a ele toda a consideração e gratidão por sua atitude de misericórdia.

Os dias se passaram. A raposa recuperou-se e tornou-se novamente bela, imponente e astuta, como sempre foi.

Numa manhã de primavera, ela levantou-se de seu repouso, saiu para reconhecimento do quintal da casa e, após examinar cuidadosamente, viu uma brecha na cerca por onde escapou numa corrida desenfreada, embrenhando-se na floresta de onde viera.

Ao dar por sua falta, o homem gritou insistentemente esperando que voltasse. Mas ela não retornou. No entanto, sempre que a comida era escassa na mata, o bicho rodeava a casa e fingia apego e lealdade ao homem até que ele satisfizesse sua necessidade. Depois ela desaparecia novamente.

Moral da história: as pessoas não mudam sua natureza. Podem assumir papéis convenientes que deixem aos outros uma impressão de mudança em função apenas de seus próprios interesses. Porém, tão logo seus obstáculos e dificuldades sejam superados e consigam o que querem, rapidamente voltarão a ser quem são, porque gratidão,  reconhecimento e honradez não fazem parte de seus valores.