As aparências enganam. Mas ninguém está nem aí...
ABRAHAM SHAPIRO para o Portal Profissão Atitude
Se você fosse a um grande espetáculo de boxe e quisesse apostar, decerto optaria pelo pugilista com cara de mau. O senso comum lhe faria acreditar que ele irá combater sem piedade até vencer.
De maneira geral, a sociedade estabeleceu uma correspondência direta entre ‘ser’ e ‘parecer’. Eu vejo mesmo pessoas de altos princípios cederem a esta inversão.
Então, eu lhe pergunto:
- “O que realmente vale? Ser ou parecer?”
Quando Albert Einstein foi surpreendido por um fotógrafo que lhe solicitou uma pose, pôs a língua para fora. Desde então aquela foto tornou-se o estereótipo do gênio. Certo dia, o próprio Einstein expressou sua indignação com isso: “Não sei por que todos me adoram se ninguém entende as minhas idéias”.
E se naquela luta o pugilista com cara de bonzinho vencer? O que será do senso comum?
O executivo de terno e gravata, sapatos de cromo e relógio de R$ 20 mil pode não ser eficiente como parece. Ao final, talvez o que melhor ele faz é aproveitar-se do desempenho de outros e fingir bem. Mas, as pessoas que o julgam pela roupa dificilmente saberão disso porque apegam-se ao que parece, e não ao que é.
Voltemos à pergunta original:
- “O que realmente vale? Ser ou parecer?”
A resposta está no livro O Pequeno Príncipe. "O essencial é invisível aos olhos". Essencial é o conteúdo. A roupa e a pose de nada servem quando o que vale, de fato, é o ser.