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Profissão Atitude
A lógica que contradiz todas as lógicas
A lógica que contradiz todas as lógicas

Abraham Shapiro

Vou confessar algo sobre a minha vida atual. Eu estou aprendendo a distinguir informações inúteis daquilo que realmente interessa, e descobrindo o poder que se encontra em dar mais importância àquilo que eu não sei em vez de focar somente naquilo que sei.

Essa inspiração me chegou depois de ter lido “A lógica do Cisne Negro”, de Nassin Nicholas Taleb.

O autor conta que, há muito tempo, na Inglaterra medieval, as pessoas acreditavam que todos os cisnes eram brancos porque nunca haviam visto um de outra cor. A certeza era tão grande, que havia ditados populares dizendo ser mais fácil existir um cisne negro do que certas coisas impossíveis. 

Mais tarde, quando a primeira expedição inglesa chegou à Austrália e avistou um cisne negro –  animal típico daquele país –, toda a crença que perdurou por gerações caiu imediatamente por terra. 

Essa história é a metáfora de inúmeras experiências porque todos nós passamos. Ela prova que o nosso conhecimento e o modo como aprendemos as coisas são frágeis demais e quase sempre nos induzem a erros terríveis. 

Caro leitor, hoje eu o convido a pensar sobre isso, pois existe algo fantástico por trás desta reflexão.

Observar algo que já existe e acreditar que aquilo é a plena e inequívoca verdade não é o suficiente para confirmar tal crença. Ao contrário. Devia despertar a nossa suspeita.

Não podemos afirmar que todos os cisnes são brancos só porque milhões deles estão à nossa volta. Em quaisquer circunstâncias como esta, bastará um só cisne negro para derrubar completamente a tese em que confiamos cegamente.