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Profissão Atitude
VAMOS BRINCAR DE ENTREVISTA DE EMPREGO?
VAMOS BRINCAR DE ENTREVISTA DE EMPREGO?

Abraham Shapiro

As empresas estão em busca de talentos.  Já não interessa mais descobrir o que um bom profissional já fez, mas o que ele pode fazer. 

Nas entrevistas de hoje literalmente “vale tudo”. Ninguém mais quer saber daquele método de perguntas tradicionais ou comportamentais. As questões estão cada vez mais invasivas na esperança de que os candidatos se coloquem à prova. Por isso, eles têm de resolver problemas de lógica e são submetidos a situações ardilosas para reagir sob estresse provocado.

Imagine que você é o candidato e o seu entrevistador lhe propõe o seguinte: 

“Você está amarrado à sua cadeira. Aqui está um revólver com o tambor vazio. Eu coloco duas balas, fecho o tambor e giro. Coloco o revólver na sua cabeça e puxo o gatilho. Uau! Você ainda está vivo, sortudo! E agora, antes de discutirmos o seu currículo, vou repetir a ação. Você prefere que eu gire o tambor ou que simplesmente puxe o gatilho?”

As empresas se cansaram de pessoas que escrevem, por exemplo, “gerente” em seus currículos e mal sabem fazer um planejamento, um plano de ação ou uma abordagem válida a um cliente potencial. 

Elas querem avaliar a capacidade realizável sob demanda imediata  mais do que apenas potenciais ou formação acadêmica, como se fez até recentemente.

A boa notícia é que o revólver daquela entrevista é imaginário. 

A má notícia é que o futuro das carreiras profissionais passou a depender de alguém que brinca de revólver imaginário. 

Então...  um bom currículo sozinho já não faz mais nada.