TURBULÊNCIA É O HORIZONTE DOS PRÓXIMOS ANOS
Abraham Shapiro
A crise econômica que os Estados Unidos e a Europa enfrentaram em 2008-2009 fez europeus e norte-americanos mudarem suas práticas de gestão.
Eles aprenderam a severa e dispendiosa lição de que ‘turbulência’ passou a ser a norma, pontuada por surtos periódicos e intermitentes de prosperidade e crise. E pilotar uma aeronave em grandes áreas de turbulência para quem foi treinado somente em ‘céu de brigadeiro’ é morte certa.
Baseado no que eles passaram, é possível inferir que a crise brasileira de 2014 é forte o bastante para demonstrar que as práticas de gestão, marketing e vendas que antes produziam resultado não funcionarão mais doravante. E o espectro desta conclusão abrange todos os segmentos de negócios.
A primeira ação que você deve e pode implementar no seu modelo de gestão é garantir a sua participação de mercado. Agarre com firmeza o segmento de negócio em que você atua e prepare-se para defender-se dos ataques dos seus concorrentes. Eles estão de olho nos seus clientes mais fiéis e lucrativos. Seja agressivo e abocanhe uma parcela da participação dos seus concorrentes.
A crise fragiliza todo mundo. Aproveite para expandir a sua base de clientes centrais e incorpore parcelas dos concorrentes, começando pelos mais fracos.
Como identificar os mais fracos?
Resposta fácil e simples: são aqueles que estão reduzindo investimentos em marketing. Este é um sinal claro e definido. Outro sinal: corte de despesas de viagem da equipe de vendas.
Pare, olhe e escute. Aos que estiverem reduzindo investimentos nestas áreas, Peter Drucker ou Theodor Levitt ressuscitados seriam um recurso tardio para reverter a iminente extinção!