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NÃO É MELHOR SER VOCÊ MESMO?
NÃO É MELHOR SER VOCÊ MESMO?

Abraham Shapiro

A Ana é uma garota de classe média cujos costumes familiares envolvem as mais rigorosas regras de higiene doméstica e asseio pessoal.

Desde criança, com seus cabelos curtos, até hoje, aos 28 anos e lindos cabelos compridos, Ana mantém o hábito de lavar e secá-los todos os dias, como uma conduta de saúde.

Recentemente, Ana começou a trabalhar numa empresa onde há várias mulheres de sua idade. São bonitas, formadas e vestem-se bem. Entre todas, Ana aproximou-se de Teresa, a quem ela julga bela, rica e atraente.

Certo dia, numa roda de bate-papo no cafezinho, Tereza menciona que lava seus cabelos três vezes por semana. As colegas aprovam o costume justificando que o tratamento diário é uma rotina difícil e pouco prática. Ana discorda, revelando que lava e seca os seus todas as manhãs.

Os dias passam. A admiração de Ana por Tereza cresce e as duas estão cada vez mais próximas. Ana percebe na amiga sinais de uma reputação dinâmica e bem-sucedida.

Numa bela manhã de domingo, Ana acorda, vai ao banho e decide não lavar seus cabelos. 

- “É domingo”, ela diz para si. “Não sairei de casa, meus cabelos estão limpos e, apesar do verão, ontem não foi um dia agitado”. 

Aos poucos, ela adere ao comportamento de Teresa. Em algumas semanas, ela aderiu à mesma prática da amiga.

O que explica o comportamento de Ana? Influência.

Quando você toma por modelo alguém cujas qualidades pessoais ou competências são um padrão de virtude, esta influência pode ser positiva e elevar a qualidade das suas atitudes. 

Mas tratando-se de aspectos subjetivos, como beleza, modo de vestir-se, aparência física e outros, os resultados podem conflitar com valores pessoais, religiosos, heranças da criação e personalidade.  Pode representar uma queda no conjunto de traços individuais e na autenticidade. O que se consegue com isso é ser uma cópia ou imitação.

Pense com calma e responda: “Quem são os seus heróis pessoais?”.  “Quem são aqueles a quem você imita a fim de reduzir a dor pessoal causada pelo inconformismo em ser como você é?”.  

Sejam quem forem,  eles são ‘gente’ como você. Eles tiveram as mesmas oportunidades e riscos e  devem ter se esforçado para chegar aonde chegaram. O importante é notar que eles foram “eles mesmos”. 

A minha sugestão é simples, ainda que um tanto difícil. Em vez de imitar, por que não fortalecer os seus pontos positivos pessoais e trabalhar sobre os negativos a fim de ser um excelente “você mesmo”?