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Profissão Atitude
MAIS DO QUE SÓ HONESTIDADE
MAIS DO QUE SÓ HONESTIDADE

Abraham Shapiro

Eu acho curiosa a seleção de funcionários ou de candidatos a quaisquer cargos pelo critério da honestidade. Para mim, ser honesto é “software residente” ou competência mínima obrigatória. Não é diferencial nenhum.

Jesus de Nazaré contou a famosa Parábola dos Talentos. Um dos personagens é um tipo interessante e honesto que recebeu de seu patrão uma moeda para investir.  Quando o patrão retorna de viagem, põe-se a fazer o acerto de contas do dinheiro confiado a sua equipe.  O tal empregado lhe diz:

- "Eu soube que és um homem severo e ceifas onde não semeaste. Por temor a ti, escondi o teu talento na terra, e aqui eu te devolvo o que é teu."

O empregado julgou ter feito a coisa certa. Mas a resposta do patrão revela surpreendentemente o contrário.  Nela está a mensagem central da parábola. Ele diz:

- "Servo mau e preguiçoso. Devias, ter entregado o meu dinheiro aos banqueiros. E então, na minha chegada, eu o receberia com juros. És um servo inútil. Serás lançado nas trevas, onde há choro e ranger de dentes."

Trazendo para hoje. Um funcionário apenas honesto fará, no máximo, o que fez aquele sujeito por temor do patrão. Na melhor das hipóteses, ele cuidará do que lhe foi confiado sem que evolua,  sem progresso, sem desenvolvimento. Sabe por quê? Ele tem medo. Ele é fraco!

Não é assim que se administra. Não é assim que se trabalha.

Logo, é preciso muito mais do que honestidade na busca pela competência.