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EMPRESA FAMILIAR NÃO É UM REINO
EMPRESA FAMILIAR NÃO É UM REINO

Abraham Shapiro

Conheci sucessores de empresas familiares que eram perfeitos idiotas quando assumiram seu posto. Viam-se como reis assumindo um trono. Não tinham formação, nem experiência. Não haveria problema se soubessem usar o par de ouvidos que normalmente têm. Mas é que, além de tudo, eles agiam como tiranos e, desconhecendo o significado do verbo planejar, exigiam seus desejos “para ontem”. Alguns movidos por psicopatologias crônicas pressionavam seus empregados como gritos e ofensas.

Isso não ocorreria se tivessem passado por uma boa e real experiência longe dos negócios da família.

Estudiosos do comportamento humano nas organizações declaram que o gestor que pretenda “manejar” sua equipe da mesma forma como maneja seus braços ou pernas não irá longe. Embora autoridade possa, sim, gerar certo grau de desempenho, pressão e ameaças são inúteis para conseguir o compromisso do pessoal. 

O Xá da Pérsia foi o último monarca cujos poderes chegavam a ponto de decidir sobre a vida e a morte dos súditos. As leis não o restringiam sobre nada. No entanto, mesmo com fabulosos poderes ele jamais conseguiu que as obras públicas de seu país fossem entregues dentro do prazo estabelecido. Nem matando ele obtinha a pontualidade dos cidadãos de seu país.

O que se conclui é que duas ações são igualmente importantes quando se planeja o futuro de uma empresa familiar. A primeira é a formação do sucessor. E a segunda: sua experiência e vivência em negócios e na gestão de pessoas, preferivelmente em empresas que não sejam da família.