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EMPRESA FAMILIAR: UM NOVO CONTO DE HORROR
EMPRESA FAMILIAR: UM NOVO CONTO DE HORROR

Abraham Shapiro - para o Blog Profissão Atitude

Era uma vez um papai que fez uma empresa e ganhou dinheiro. Aí ele desejou dá-la a seus filhinhos, sonhando que também eles seriam inteligentes, ganhariam dinheiro e seriam felizes para sempre. 

Aos poucos, o filhinho mais velho achou que a empresa fosse dele. Era o primogênito e julgava-se superior à irmã, que parecia tonta. 

A filhinha não gostou. Por sua vez e por medo, fazia-se de sonsa enquanto articulava resistência contra o irmão junto de funcionários. Ela se consolava com orientações de seu terapeuta pois vivia depressiva por inveja do irmão – que tinha mansão, carrões na garagem e viajava pelo mundo duas vezes ao ano. Na verdade, ela queria mesmo matá-lo, mas mantinha as boas aparências. 

Então “coisas” começaram a acontecer. Os empregados se dividiram em feudos e iniciaram uma política de reclamações junto ao Ministério Público sobre os maus tratos e o cenário de tensão que imperava na empresa. Como se não bastasse, a briga dos irmãos foi crescendo, tomou proporções e, é claro, afetou os negócios. 

O tempo passou, tudo foi de mal a pior, e se você ainda não foi capaz de imaginar os capítulos seguintes desta novela, eu lhe direi. 

A empresa se esfacela, os dois filhinhos ficam só com restos inúteis daquilo que antes fôra um negócio promissor e cheio de ótimos clientes. 

Vamos à lição deste breve conto de horror. 

Empresa não é como o jogo do Banco Imobiliário em que voltam-se as fichas para dentro da caixa e faça-se nova rodada depois de uma derrota. Também não é casinha de boneca.  E só para agravar, quando os sucessores são herdeiros não profissionalizados, a garantia de futuro se restringe ainda mais. Quano são previamente preparados, poderão ter foco sobre o negócio e desprenderem-se do egoísmo em favor dos interesses da empresa. Quando não, jogam as luzes só sobre si mesmos e sobre suas necessidades.  

Quem falha em se preparar, está se preparando para falhar. E eu espero que não seja esta a moral da história da sua empresa.