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COMO JULGAMOS AS PESSOAS
COMO JULGAMOS AS PESSOAS

ABRAHAM SHAPIRO para o Blog Profissão Atitude
 

Uma mulher pede uma xícara de capuccino e cinco biscoitos de nata em um Café do shopping e  senta-se por alguns instantes para comê-los. Logo à sua frente está um senhor que lê uma revista enquanto toma sua xícara de chá.  

A moça prova o capuccino e tira um biscoito da pequena embalagem sobre a mesa. Assim que o come, o homem estende a mão e tira para si um biscoito do mesmo pacote.

Incrédula no que acabara de ver, ela  está indignada com a ousadia. Curiosa, pega um segundo biscoito. O homem faz o mesmo. Ela se controla para não reagir mal a quem julga ser o maior cara-de-pau do mundo.

Com apenas um biscoito sobrando, ela vai novamente ao pacote, mas o homem é mais rápido. Com semblante cordial e nenhuma palavra, ele quebra o único biscoito que sobrou ao meio e oferece o pedaço a ela.

Inconformada, ela se levanta, pega sua bolsa e dirige-se rapidamente à saída, rumo a seu carro. Já no estacionamento até deixa escapar uma ofensa contra aquele rapaz petulante. Enquanto procura as chaves na bolsa, seus dedos tocam o pacotinho dos biscoitos que ela havia comprado no café. Está fechado, bem ao lado do molho de chaves, exatamente do jeito que a atendente lhe entregou no balcão!

Os biscoitos que ela comeu pertenciam ao homem. Não eram os dela.

A régua com que medimos as pessoas em todas as circunstâncias não é outra senão aquela que construímos com o nosso próprio modo de interpretar, entender e enxergar o que se passa ao nosso redor. É a somatória das experiências pessoais, do conhecimento que adquirimos e, consequentemente, produto da sabedoria individual que desenvolvemos – ou não – ao longo da vida.

Observe como o nosso ponto de vista sobre quaisquer eventos pode mudar drasticamente tão logo tenhamos informações que até então desconhecemos. Imagine  qual não terá sido o choque que a mulher viveu ao encontrar seus próprios biscoitos na bolsa. Seu vizinho de mesa passou de vilão a gentil cavalheiro em pouco menos de um segundo.

A lição aqui é:  cuidado com os seus julgamentos. Se julgar não for opcional, recomendo antes de tudo conceder o benefício da dúvida. No entanto, superior a julgar bem é não julgar.?