COMO APRENDER MAIS E MELHOR
Abraham Shapiro - para o Blog Profissão Atitude
Os sábios da Babilônia disseram: “Uma pessoa acanhada não consegue aprender bem porque se envergonha de fazer perguntas”.
A modéstia é boa. Mas não na hora de estudar. A aprendizagem requer uma relação aberta e generosa entre professor e aluno. Quando o aluno não entende um conceito, deve pedir explicação imediatamente. Se não o fizer, não será capaz de prosseguir acompanhando a aula.
Isto lhe parece óbvio?
Muitas vezes a natureza ou a personalidade do indivíduo atrapalha muito a que este desprendimento aconteça, e ele se intimida em lugar de abrir-se.
Imagine, por exemplo, um funcionário que participa de um treinamento sobre Planejamento. O treinador está explicando a técnica do 5W2H – uma das mais eficazes para criar Planos de Ação. Se este funcionário não estiver familiarizado com a sequência em que consiste esta técnica: “O que será feito?”, “Como será executado?”, “Quando?”, “Quem irá desempenhar?” e todas as demais, ele não conseguirá absorver a receita. O melhor, portanto, seria revelar ao treinador sua limitação pessoal para que fosse conduzido corretamente até o máximo entendimento possível neste primeiro momento.
É claro que o sentimento de desconforto em expôr seu problema ou fazer uma pergunta é compreensível. A pessoa sente uma vergonha natural, especialmente quando todos parecem entender, exceto ela. Provavelmente qualquer já experimentou isso. Mas apesar de um tanto natural, isto é uma alta barreira para a aprendizagem. Se não for transposta, irá comprometer muito o processo.
A minha dica é considerar o professor, o treinador ou o palestrante como “facilitador do acesso ao conhecimento”, ou melhor, um ajudante importante do processo. E por ser um “ajudante”, ele certamente não desperdiçará seus recursos, mas estárá interessado em empregá-los na causa em que está engajado. Ele quer e precisa compartilhar o que sabe.
Quanto a nós, podemos e devemos fazer todas as questões, sempre com respeito e educação – e não importa quão ‘tolas’ nos pareçam ser.
Coragem para perguntar é o meio mais prático de chegar ao “nível bom” de profissionalismo. Daí para o ótimo dependerá muito do nosso esforço e interesse.