Pensar fora do quadrado resolve? O que será?

ABRAHAM SHAPIRO para o Portal Profissão Atitude

Era uma vez, a diretora de uma empresa que conseguia ser o máximo da incompetência. Todos sabiam que ela só estava lá por ser herdeira da empresa de sua família e nada mais.  Porém, ela adorava sentir-se no topo do poder e, por isso, repetia chavões como se a voz da sabedoria fosse. Um dos que ele gritava nos corredores era: “Saiam do chiqueiro, pessoal! Pensem fora do quadrado”.

Deixemos a nossa personagem de lado e pensemos na inútil sabedoria contida em seu pensamento.

Você acredita que alguém nesse mundo sabe, de fato, ‘pensar fora do quadrado’?  Eu mal consigo entender o que isso significa!

Na verdade, eu nunca dei trela para ideias prontas e até detesto o mau hábito de repeti-las como se fossem dogmas quando a grande maioria delas é só um arranjo de palavras.  Eu gosto mesmo é de dialogar e discutir a respeito das situações.  Adoro ouvir e tratar  grandes propostas porque acredito que sem isso não há avanço.

Para mim o essencial é questionar.  Questionar muito. Perguntas fomentam a  busca de soluções melhores, o que se torna um ganho para todos.

Dizem que Einstein certa vez afirmou: “Se eu tivesse uma hora para resolver o problema do mundo, passaria 59 minutos definindo o problema e 1 minuto procurando a solução.” E quanto a nós, mortais comuns? Talvez fizéssemos o inverso.

Quantos não querem resolver seus problemas sem sequer saber “quais  são” ou “o que são”. Pior são os que gastam os 60 minutos de sua hora definitiva procurando a resposta para questões sem nenhuma importância ou que talvez nem existam.

Desafios bem definidos orientam os esforços na direção certa, diminuem as limitações e no fim das contas ampliam a capacidade de pensar.

Creio que aumentar o quadrado é bem melhor do que pensar fora dele.