NEM VOCÊ E NEM EU PRECISAMOS DE PLATITUDE
ABRAHAM SHAPIRO para o Portal Profissão Atitude
Platitude é uma palavra interessante e pouco usada. Significa “truísmo, algo banal, trivial e dispensável”.
É o caso de uma revista editada por uma empresa contando as coisas mais particulares de seu ambiente interno. Acredito que o intuito seja promover as ações positivas que empreendem entre os funcionários. A tiragem é enorme. Mas a coisa é tão própria deles que, pra mim – e, imagino, para a grande maioria dos que a recebem –, acaba sendo... platitude.
Essa tal de platitude está presente em muitass das declarações que se ouvem no ambiente corporativo de todos os tamanhos e segmentos. Um dos clássicos é:
- “Precisamos discutir a necessidade de uma pesquisa de satisfação entre os nossos clientes”.
Outro:
- “A nossa empresa é inovadora porque investe em treinamento dos colaboradores”.
Mais um:
-“Vamos analisar a necessidade de padronizar os nossos processos para atender melhor o mercado”.
Olhe. Treinar, padronizar, controlar, nada disso é situação a ser discutida em altas reuniões ou encontros formais. Seria platitude e total perda de tempo.
Atribuições básicas e responsabilidades mínimas são obrigatórias. Não cabe discutir. Têm de ser efetivadas e pronto! Assim: custos precisam ser revistos, carteira de clientes melhorada, salários alinhados ao mercado, processos padronizados etc, tal como você e eu precisamos de alimento e água.
Mas parece que quem não tem o que fazer adora promover reuniões para discutir platitudes. Ah! Você sabe muito bem disso. E se depois de tudo eu prosseguir falando, será, sem dúvida, platitude!